O GRANDE 5 DE JULIO CESAR CHAVEZ - Parte 3

OS GRANDES 5 DE JULIO CESAR CHAVEZ – parte 3

O sucesso que ajudou o mexicano a se tornar o melhor do mundo

Julio Cesar Chavez é um boxeador com sucessos incríveis sobre os quais se pode falar e escrever constantemente. O lutador mexicano soma mais de 100 vitórias em sua carreira profissional e conquistou títulos mundiais em três divisões diferentes. Isso o torna um dos mais elegantes de seu tempo. O “César dos Boxers” já venceu várias lutas importantes, e já lembramos de suas vitórias sobre Hector Camacho e Greg Haugen, que acreditamos serem as mais marcantes de sua carreira. O Top 5 Melhores Lutas de Julio Cesar Chavez continua com uma luta que o tornou o boxeador número um do planeta segundo a revista Ring.

Meio-médio leve é a categoria em que o mexicano fez história. Sua primeira luta significativa foi a segunda vitória sobre Roger Mayweather, na qual também conquistou o título do Conselho Mundial de Boxe, mas o sucesso mais significativo veio em 17 de março de 1990, quando Chávez enfrentou Meldrick Taylor pela primeira vez. Naquela época, o jovem americano ainda não conhecia a derrota e era detentor do cinturão da Federação Internacional de Boxe.

Com 24 vitórias e um empate na carreira, Taylor está chegando ao auge, apesar de ter apenas 23 anos. Ele está se preparando para a terceira defesa de seu título mundial, enquanto Chávez, de 27 anos, faz uma terceira tentativa pelo cinturão WBC. O mexicano disputou 68 partidas no ringue profissional e conquistou o mesmo número de vitórias. O Hilton Hotel em Las Vegas sedia uma partida em que, como escreve a mídia, "Thunder" e "Lightning" se enfrentam no boxe da época. Estes títulos enfatizam a velocidade de Taylor e o poder de Chávez.

Surpreendentemente para alguns especialistas, o boxeador americano domina com uma técnica única e um jogo inteligente. E isso não acontece apenas nas primeiras rodadas. Após 8 rounds, o placar entre os dois mostra que Chávez acertou 269 socos e acertou apenas 137. Porém, o mexicano se mantém fiel a si mesmo e busca golpes fortes para derrubar Taylor, que apesar de acertar menos socos, parece um pouco mais lento do que no início da partida. Porém, antes do início da 12ª rodada, as cartas de dois dos juízes ainda deram uma vitória convincente a Taylor.

Foi na última rodada, porém, que a situação mudou completamente para Chávez e a reviravolta começou. Cada soco do mexicano infligiu sérios danos ao americano de aparência cada vez mais exausto e inchado. Pontilhada 30 segundos antes do gongo final, uma direita poderosa cai bem no queixo de Taylor, que é derrubado. Chávez está pronto para comemorar, mas Taylor se levanta no momento em que o árbitro conta até seis. No entanto, não há resposta adequada aos acontecimentos por parte do americano, que continua agarrado às cordas para manter o equilíbrio. Isso forçou o árbitro Richard Steele a interromper a partida faltando apenas 2 segundos para o final.

Muitos jornalistas e especialistas consideram que o árbitro interrompeu injustamente uma luta que estava indo para o outro lado faltando apenas dois segundos para o fim. De qualquer forma, em sua defesa, Steele pode confiar no livro de regras que diz que a saúde dos boxeadores é fundamental. Nos 8 segundos obrigatórios em que o boxeador caído tem que responder ao árbitro, não há uma única palavra de Taylor para o árbitro, então ele parece estar tomando a decisão certa. Após o término da luta, o árbitro afirma que se permitir que tal luta continue, mesmo que por poucos segundos, o boxeador lesionado receberá pelo menos mais alguns golpes muito fortes e poderá sofrer fisicamente.

A luta foi declarada a melhor luta do ano de 1990, e a vitória rendeu a Chávez mais um título mundial, além da primeira posição entre todos os boxeadores segundo a revista "Ring". Uma posição que ele defenderia por mais três anos.

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