O maior time de basquete e sua única derrota (cheirada)
As equipes da NBA são indiscutivelmente as melhores do planeta. Coloque até mesmo o time mais fraco da “liga alienígena” contra times de ponta de diferentes continentes e a diferença será óbvia. O basquete nos EUA está em outro nível. Agora imagine os melhores jogadores dos melhores times reunidos em um supertime – parece injusto, não é?
No entanto, foi exatamente isso que aconteceu em 1992, pela primeira vez na história dos Estados Unidos. Após a derrota nos Jogos Olímpicos de 1988, o time do outro lado do oceano estava tão determinado a recuperar o ouro que descartou a regra de não usar jogadores da NBA e montou o time mais monstruoso da história do basquete. Liderados por Michael Jordan, os EUA fizeram sucesso ao ganhar o ouro em 92 em Barcelona, e o time entrou para a história como o Dream Team original. Um time cheio de estrelas, invicto e com domínio total em quadra. Mas mesmo esta equipa tem o seu ponto fraco - uma derrota, ainda que num jogo não oficial, que foi escondida da mídia, das fontes e do público em geral nos EUA.
Em junho de 1992, a seleção recém-formada de Jordan, Magic Johnson, Scottie Pippen, Charles Barkley e um grupo de outras estrelas jogou uma partida-treino contra um time combinado de estudantes em San Diego - parte da preparação do time para os Jogos de Barcelona. Em uma partida de 20 minutos, os meninos de Chuck Daly são atropelados por futuras estrelas como Grant Hill, Chris Webber e muitos outros, mas na hora eles são apenas estudantes convocados para preparar o Dream Team para as Olimpíadas.
“Eu estava no time da faculdade que esmagou o Dream Team. Treinamos com eles em La Jolla com o objetivo de prepará-los para os Jogos, mas isso não significou desistir deles. Houston não poderia faltar entre os três. NINGUÉM conseguiu parar Chris (Webber) na cesta. Bobby Hurley os desenvolveu. Nós os matamos”, disse Grand Hill em um podcast de 2015.
É pouco provável que a verdade sobre o que exatamente aconteceu venha a emergir completamente. Porém, o que já sabemos hoje é que os “meninos universitários” venceram por 62:54 as megaestrelas da NBA. Chuck Daly, técnico escolhido para comandar a seleção olímpica, manda zerar o placar antes que a mídia entre na sala de entrevistas, todos proibidos de falar sobre o ocorrido. As megaestrelas parecem decepcionadas, segundo memorandos de repórteres do período de 1992, mas ninguém diz uma palavra sobre a derrota que se transformou em um “incêndio” que inspirou as superestrelas do basquete a apagarem seus egos e se unirem em um objetivo comum – provar, que o basquete americano está a anos-luz de distância das demais potências do esporte.