OS CINCO GRANDES DE JULIO CESAR CHAVEZ - Parte 4

OS CINCO GRANDES DE JULIO CESAR CHAVEZ – parte 4

Primeiro sucesso espetacular em outra categoria

Depois de pouco tempo e domínio no superpluma, Julio Cesar Chavez precisa de um novo desafio na carreira. O boxeador mexicano rapidamente mudou para uma ideia mais pesada e continua acumulando sucesso após sucesso, embora seja apenas no início do melhor que consegue demonstrar no ringue profissional. Chávez foi um dos melhores boxeadores das décadas de 80 e 90 do século passado e merece esse reconhecimento pelo grande número de vitórias - 107 de um total de 115 encontros. Numa série de artigos relembramos os melhores jogos de Chávez, e o início sugere que para o quarto encontro voltaremos a uma ideia.

Já tendo falado das vitórias sobre Hector Camacho, Greg Haugen e Meldrick Taylor, é hora de prestar atenção em uma partida mais antiga. Em 21 de novembro de 1987, Chávez fez sua primeira luta pelo título dos leves contra o detentor do cinturão da WBA, Edwin Rosario. Antes da luta, havia a preocupação de que subir para uma divisão superior e enfrentar um campeão mundial frente a frente pudesse não cair bem para Chávez. O mexicano acredita que uma derrota para Chapo, como é apelidado seu adversário, significará todos os títulos mundiais e nove defesas do peso leve em disputa.

Depois de uma série de atuações instáveis, Edwin Rosario venceu 14 meses antes e apenas dois rounds em sua luta de retorno contra Livingston Bramble. Sucessos mais importantes estão por vir antes de vermos a primeira grande luta entre o México e Porto Rico e os melhores boxeadores desses dois países.

Apesar de todas as preocupações, a noite começa perfeitamente para Chávez, que parece uma máquina de combate bem lubrificada. Cada parte de seu jogo é aperfeiçoada nos mínimos detalhes e cada ação parece perfeita. Constantemente seus socos acertam a cabeça ou o corpo de Rosário, que é rapidamente jogado nas cordas, embora pareça mais forte, mais musculoso que seu oponente.

Apesar do aparente domínio do candidato ao cinturão dos leves da WBA, ele está calmo e esperando o momento perfeito para desferir um golpe forte. Ao mesmo tempo, pressionado pelos acontecimentos, o porto-riquenho tem que correr riscos e assistimos a uma boa defesa de Chávez, que consegue evitar várias bombas.

A oitava rodada foi fundamental no desenvolvimento, pois viu Rosario balançar solidamente e começar a nona fugindo de Chávez. Porém, então está longe de ser a estratégia mais correta para o mexicano, que rapidamente aproxima o adversário. Nas partes 10 e 11, a diferença de desempenho entre os dois começou a aparecer ainda mais, e o olho do campeão mundial porto-riquenho estava quase fechado.

Na última parte, Chávez pressiona o adversário no escanteio e bate ainda mais forte. Percebendo a incapacidade de seu homem de resistir aos ataques incessantes, percebendo que perderá a luta de qualquer maneira, o corner de Rosário joga a toalha impotente.

As estatísticas pós-jogo mostram que 61% dos chutes de Julio Cesar Chavez acertaram o alvo. São 450 acertos precisos contra apenas 264 recebidos. O boxe viu e raramente verá uma vitória de revanche tão grande. Portanto, mesmo no final de 1987, parece que o futuro de "Mr. Knockout" é mais do que brilhante.