Big 5 de Emile Griffith: a revanche épica com Benvenuti
A revanche contra um dos melhores da divisão – Nino Benvenuti
A ilustre carreira de Emily Griffith no boxe profissional inclui algumas lutas memoráveis. Ele é um daqueles competidores que não tem tantas derrotas, mas após cada derrota contra um atleta claramente superior, Griffith está pronto para sair e tentar se vingar. Espírito implacável, socos poderosos e vitórias em três divisões diferentes fizeram do atleta nascido nas Ilhas Virgens Americanas um dos melhores das décadas de 1960 e 1970. Por isso decidimos em uma série de 5 materiais relembrar suas cinco melhores partidas. Já compartilhamos sobre o melhor deles, a vitória sobre Benny Parrett em março de 1962, que terminou em tragédia para Kidd.
A segunda luta nos remete mais de cinco anos para frente, quando ele enfrenta Nino Benvenuti pela segunda vez. O boxeador italiano, que também iniciou a carreira de ator posteriormente, era um dos melhores do peso médio da época. Tendo conquistado o título contra Dick Tiger rapidamente após passar do peso meio-médio para o peso médio, porém, Griffith já mostrou que não tem medo de ninguém, embora mesmo na divisão anterior raramente atinja o peso mínimo exigido.
Porém, Nino Benvenuti é a grande esperança de que a Itália tenha outro campeão mundial em 1967, depois que Sandro Lopopolo conseguiu conquistar o título dos superleves. E em abril, no Madison Square Garden, Benvenuti conseguiu, derrotando Emile. Não havia cláusula de revanche no acordo preliminar para a luta, mas os dois boxeadores decidiram apertar as mãos e marcar uma segunda luta em que Griffith teria a chance de reconquistar o título. A partida estava prevista para julho, mas devido a problemas no primeiro encontro, que exigiu uma operação de Benvenuti, a partida foi remarcada para setembro.
Após o primeiro encontro, a mídia defendeu fortemente o boxeador que perdeu o título mundial, dizendo que ele não estava bem preparado porque não treinou bem o suficiente. Dez dias antes da revanche, Griffith afirma que desta vez será muito melhor. E isso está extremamente próximo da verdade.
Embora a luta seja novamente em Nova Iorque, Benvenuti parece estar bem apoiado, pois já na sua chegada aos EUA é recebido por uma enorme multidão de emigrantes italianos, e especialmente para a luta 5 mil pessoas viajam de Roma e Bolonha para assistir isto. Isso gera uma leve preocupação no QG de Emil, mas o que importa é o que é mostrado no ringue. As expectativas preliminares são de que o boxeador italiano mantenha a distinção, embora com dificuldade. A treinadora de Griffith, Jill Clancy, disse à mídia que se o competidor das Ilhas Virgens dos EUA não fizesse o que era exigido dele desta vez, ele lhe daria um tapa.
Todos acham um absurdo falar em vitória de qualquer um deles por nocaute, mas já no primeiro round parecia que Griffith estava em busca disso. Ele nunca o encontra, mas sua abordagem agressiva traz sérios problemas para o campeão mundial, que fica com o nariz sangrando logo após a largada. Na segunda parte, o domínio do americano continuou com tranquilidade e, embora Nino tenha conseguido levantar a cabeça por alguns rounds, ficou claro de longe que aquele não era seu par.
No quarto período, os dois ficam um pouco mais sujos, cometendo algumas faltas um no outro. No meio da partida, boas combinações de retas e ganchos de Benvenuti afastam o baixinho Emil, mas mesmo de longe os golpes do americano não são poucos e muito mais fortes. Na oitava parte, Benvenuti fica até abalado, e esta é a última ação que não lhe dá oportunidade de vencer a partida. Na 13ª e última rodada, o italiano deu início a uma resistência mais séria, o que ainda fez o árbitro Wilsh indicar empate entre os dois, mas nas cartas dos outros dois juízes, Emil Griffith foi o vencedor.
Com esse sucesso, o boxeador radicado em Nova York se tornou apenas o terceiro na história a reconquistar o título dos médios. Segundo alguns especialistas, depois da luta com Benvenuti, que lhe rendeu pela segunda vez o título desta categoria, a carreira de Griffith agora pode ser comparada à de Sugar Ray Robinson.